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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Quanto vale tratar bem um paciente?

> Este artigo, escrevi em maio de 2010, mas em todos os dias torna-se pertinente. Aqui falo da relação médico-paciente, mas  bem que poderíamos expandir a temática à todas as relações humanas.

        Antes mesmo que o novo Código de Ética Médica entrasse em vigor, eu já refletia sobre essa questão, afinal muitas idas e vindas a consultórios médicos fazem parte da minha história e continuarão a fazer, (espero que cada vez menos). Refleti sobre a condição da classe médica e/ou do profissional de saúde, independente da especialidade em que atuem, e fico a me questionar, custa tratar bem um paciente? Não foi preciso nem sequer realizar estudos científicos para comprovar o que muitos de nós, pacientes já sentimos na pele, que muitos dos nossos médicos, na tentativa de atender a grande demanda de pacientes, em várias situações se perdem em seu próprio desgaste e pecam no quesito qualidade, tratando-nos como mais um número ou mais um prontuário.

Quem já não teve a sensação de que, ao entrar numa sala de consultório, o médico já nos aguardava, não para nos cumprimentar, mas sim com um receituário pronto, esperando somente nosso nome para preencher a lacuna. Muitas vezes a consulta se torna tão rápida, que mal temos tempo de relatar nossas queixas. Saímos nos sentindo ignorados, diminuídos.

Evidentemente, que isso não é uma generalização, e vez por outra temos o prazer de encontrarmos profissionais que nos olham nos olhos, que saem de trás das suas mesas e nos recebem com um afetuoso e sincero aperto de mãos. Estou certa que, não será a implementação do documento que fará minha dentista me dar bom dia, por exemplo, não existe fórmula mágica que faça um profissional de saúde torna-se mais atencioso e simpático, mas em todo caso o novo Código nos transmite certa segurança, porque já sabemos como cobrar e onde buscar a fundamentação para tal, o documento fala claramente “é vedado ao médico causar dano ao paciente por ação ou omissão", ou seja, ele tem que ter tempo para nos ouvir, independente do tempo que ele tenha.
Aos poucos, vamos tentando acabar com a cultura clientelista instalada nos hospitais e clínicas no país a fora. Mas, quando se trabalha com prazer, tudo flui naturalmente a partir daí, sem que haja necessidade de um documento para lembrá-los.

Nadja Nascimento

2 comentários:

  1. É verdade, muitas das disconsiderações dos médicos com seus pacientes,acredito que uma das razões seja pela elitização da profissão, e também em razão de alguns médicos se sentirem semi-deuses, resolvedor dos problemas dos pacientes sem mesmo observar suas queixas, e isso, acredito tem provocado problemas de relacionamento médico-paciente ao ponto de acontecerem agressões verbais e até físicas em muitos hospitais pelo país afora.
    e aqui deixo uma sugestão, um bom exemplo de como deve ser a relação médico paciente podemos ver no filme "O Amor é Contagiante" com Robin Williams.

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  2. Obrigações do médico

    Tanto no consultório como no hospital, o médico tem obrigação de prestar um atendimento adequado e dentro dos parâmetros legais. O médico é um prestador de serviço e como tal deve fazê-lo de forma técnica compatível com sua especialidade, sem ações precipitadas ou omissões injustificadas.

    Marcos Lemos

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